segunda-feira, 16 de maio de 2011

Décimo Terceiro Ato: No olho do furacão

Era de manhã cedo, fazia um sol forte em pleno abril. Dava para ouvir um pouco o mar. O mar e a respiração dele enquanto dormia lindamente, peito nu, o sol passando pelas cortinas e caindo tão docemente no seu rosto. Esse sol do sul, que bate na pele e da a impressão de que não é capaz de machucar.

Eu de pé, colocava minha calça jeans quando ele acorda e me olha.

- Bom dia – tão sonolento, mas depois se tocando dos meus atos. – Por que você já está se vestindo?

- Eu estou indo embora, Chávez.

- Por quê?

- Porque eu vou te amar pra sempre.

- Sério?

- Seríssimo. E esse é o detalhe que põe tudo a perder.

Ficar na praia abraçado debaixo do guarda sol. Andar de mãos dadas pelo shopping. Trocar beijos no cinema. Brigar comigo em pleno restaurante porque eu me alimento porcamente. Abrir a porta do carro para mim no estacionamento e me beijar antes que eu entrasse. Abrir uma garrafa de champanhe toda noite que estávamos juntos. Deitar sobre o meu peito para assistir Two and a Half Man. Me fazer comer pinhão, mesmo eu odiando pinhão. Dirigir pela serra pedindo que eu mordesse seu pescoço de vez em quando. Me encher de chocolate mesmo sabendo que eu evito pra não agredir os músculos.

Ser o amor da minha vida e por isso me fazer fugir dele há anos... mas sempre conseguindo um jeito de me fazer voltar!

4 comentários:

FOXX disse...

gente, tava com saudades de vc aqui.

Anônimo disse...

Lindo como sempre... :)

S.A.M disse...

Que saudade e nunca nos decepciona! rs

Amor é assim filhote... Alias: é amor?

Raphael Martins disse...

Muito show seu blog !! Parabéns !!
Vou tentar passar aqui mais vezes !